terça-feira, 29 de maio de 2012

...silêncio...

Seu silêncio é meu sufoco.
Meu calar é seu suspiro.
Então ouço suas palavras mudas e me pronuncio sem ruídos.
Permaneço aqui


D.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

...superficie...

Não sei, as vezes penso que é melhor mostrar a máscara. As pessoas se contentam, muitas vezes, com a superficie. As pessoas não querem ter muito trabalho ouvindo umas às outras. As relações contentam-se em tocar a pele.
É por isso que tento sempre sorrir. Mesmo porque meus problemas não são o dos outros e não gosto de incomodar com isso.
Acredito que as pessoas que realmente me conhecem sabem quando dói, quando preciso de um abraço. Elas sabem, também, que não sou das pessoas que se cansam de ouvir, de abraçar, de saber dos corações. Sabem que sempre estarei aqui, pronto a limpar lágrimas ou chorar junto.
Acho que já fugi do foco. Já fugiram-me as palavrar. Já fugi de mim.
Acho que preciso fugir.
O mais importante é que estou bem, muito bem. E a maioria contenta-se com isso. Contente-se com isso.

D.

...abraço...

Até quando eu posso seguir com isso? Até quando vou me aguentar? Até quando levarei esse egoísmo todo dentro de mim? E essas palavras... e esses pensamentos... e esses sonhos... eu só queria um abraço... de mim mesmo... dizendo e acreditando que tudo dará certo. Mas essa crença e esse calor não me acompanham hoje.

D.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

...recepção...

"Eu andava recebendo sorrisos". Recebendo abraços. Recebendo beijos. Andava recebendo cheiros. Recebendo toques. Recebendo palavras. Andei recebendo sentimentos, emoções e sonhos. Recebi, ainda, promessas de andar com mãos dadas, de um filme romântico e uma canção pra lembrar. Flores, chocolates, bilhetes. Achei até ter recebido um pedido de namoro e ouvi, lá no fundo, uma promessa de uma vida toda juntos. Recebi tudo de bom grado. Depois acordei. Percebi que tudo isso recebi de mim mesmo, das minhas idealizações, de você recebi um "você é um grande amigo".

D.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

...esperança...

Entre galhos e veias secas, às vezes, há uma esperança. Um sorriso.
A questão é: vale a pena deixar crescer a folha entre tantos contra tempos?
Há ar suficiente?
Há luz suficiente?
Ou a morte futura é certa?


Enquanto houver vida, há esperança...
Mas por quanto tempo haverá vida?

D.

...diferente...

Antes era apenas uma ideia, um pensamento, algo abstrato. Agora é diferente, não sei por que, mas é tudo diferente. Seu sorriso parece mais atrativo, seus olhos parecem correr, suas mãos parecem mais macias. Eu não entendo isso que se afirma agora.
Olho você, vejo outro você. Olho em mim e não sou o mesmo eu. Mas mudou tão pouco, pouco que mudou tão muito.
As palavras não são iguais, o cheiro não é igual, até faço suas vontades. Eu que sempre faço o que quero e só. Você me muda, "me bagunça e tumultua".
E isso é tão... tão bobo. Sei que nada disso existirá e, sinceramente, não é tão importante que aconteça... o pensar e sorrir pensando me basta (ao menos por enquanto).
Procuro te tocar, de sentir, te olhar. Fico vermelho se você nota, não sei o motivo do rubro, você jamais desconfiaria, ou sim.
Sei lá se escrevo pra você ler, pra desabafar, pra rir um dia. Sei lá se escrevo pra provocar curiosidade, me faz bem escrever.

"...Até prefiro esconder, deixo, assim, ficar subentendido... como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer..."

D.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

...de volta...

Vez ou outra ouso um passeio por aí... uma aventura... um sussurro...
Vez ou outra caio um tombo... me levanto... vou mais longe...
Tenho medo, admito... mas não sou paralizado...

Há pessoas que surgem nos momentos certos, nas situações certas, da maneira certa... feito "o pequeno principe" tatuam sua face, suas ações, suas vozes em meu coração. Essas são as melhores, também as mais perigosas...

Arriscar... só de pensar corro riscos.
Mas o que seria do sorriso, do abraço, do sonho... se não fosse a lágrima, a distância, a realidade?
O valor aparece na ausência.


Casa - Michael Bublé

Outro dia de verão
Veio e foi embora
Em Paris e em Roma
Mas eu quero ir para casa

Talvez cercado de
Um milhão de pessoas, eu
Ainda me sinto totalmente sozinho
Eu só quero ir para casa
Eu sinto sua falta, sabe?

Eu continuo guardando todas as cartas que te escrevi
Em cada uma delas, uma ou duas linhas
"Estou bem querida, como você está?"
Bem, eu as enviaria, mas sei que isto não é o bastante
Minhas palavras eram frias e vazias
E você merece mais do que isto

Outro avião
Outro lugar ensolarado
Eu tenho sorte, eu sei
Mas eu quero ir para casa
Tenho que ir para casa

Deixe-me ir para casa
Estou tão longe
De onde você está
Eu quero ir para casa

Sinto como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa
É como se eu acabasse de sair
Quando estava indo tudo bem
E eu sei exatamente porque você não poderia
Vir junto comigo
Isto não era o seu sonho
Mas você sempre acreditou em mim

Outro dia de inverno veio
E já foi embora
E mesmo em Paris ou Roma
E eu quero ir para casa
Deixe-me ir para casa

E estou cercado por um milhão de pessoas
Um milhão de pessoas,
Ainda me sinto sozinho
Deixe-me ir para casa
Sinto sua falta você sabe

Me deixa ir para casa
Eu tive minha chance
Baby, estou acabado
Estou indo para casa

Me deixa ir para casa
Ficará tudo bem
Estarei em casa hoje a noite
Estou voltando para casa



É assim... as aventuras acontecem... eu me arrisco... mas, agora, tudo que quero é voltar pra casa... pra dentro de mim... pra (in)segurança do meu peito... "estou voltando para casa".

http://www.youtube.com/watch?v=tcCLUwzg9KE - A canção acima numa versão que gosto.


De volta ao blog... nada de mais hoje... só a expressão de como me sinto no momento... nada melhor que isso pra reinaugurar.
Palmas para Camila Aguilera que me inspirou/ incentivou a voltar... ^^

D.